Eu pensava que o mundo era meu...

Capítulo 8

Vergonha na cara

Depois de contar tudo, no mííííííínimos detalhes, do que aconteceu na recuperação de espanhol pra Lelezinha, tive meu “barato” cruelmente cortado. Ela me falou que eu num devia ficar toda animadinha só porque ele fez aquilo (pegar a minha mão e talz \ôôôô/), porque eu ia literalmente quebrar a cara denovo.

Quando acabamos de conversar pq tinha batido pra acabar a aula, e agente nem prestando atenção na aula de história ^^, eu continuei um pouquinho feliz, mas com receio de tudo que eu tinha conversado com a Helena.

Agora eu to legitimamente num mato sem cachorro, ou gato, pq eu prefiro gatos, será que ele continuava sendo um cachorro, desgraçado, idiota e sem cérebro, ou talvez tivesse mudado e realmente estivesse se apaixonando verdadeiramente por mim, eu não consigo pensar direito agora, acho q esses filmes americanos com o final quase igual, e beijos em baixo de chuva, com o verdadeiro amor entre a nerdzinha sem graça (nesse caso Eu) e o gatchênhu da escola (no caso o Marcos :'( ) acabam na verdade é iludindo as jovens, e fizeram isso muito bem comigo.

No outro dia eu acordei, me arrumei e a mamis me deu uma caroninha pra escola, chegando lá, eu vejo ele no maior papo, todo empolgadinho com a LuLu ( lembram dela??? '¬¬) pois é, a Helena veio me dar bom dia e viu o que eu estava vendo e falou:

-Bem que eu te avisei, vem cá... E me abraçou, eu não queria chorar, por que no fundo sabia que ele não valia nem um pouco a pena, mas as lágrimasnão me obedeciam mais.

Nos dias que se passavam eu resolvi tomar vegonha na cara, mesmo, não olhava mais pro Marcos, retomei meus estudos, por que não iria ser uma burra rodada que nem ele u.u, percebi as coisas que estava deixando de lado por ele, e por mais que eu o amasse, ele não valia tudo isso.

Quando deixei de me entregar ao meu amor platônico por ele, eu percebi as coisas a minha volta, como alguns gatinhos que tinham entrado na turma e eu nem percebi, agora eu vou seguir um rumo diferente, e prometi a mim mesma nunca mais me entregar a um amor não correspondido, pois aprendi com duras dores que isso não vale a pena.

Como toda ação tem uma reação, no outro dia que fui na escola, sem querer esbarrei em um menino, não que ele fosse feio, mas era do jeito que eu gostava:

-Pô, desculpa aê! ^^ (OWTI *-*, ele é tão cutiiiis)

-Tudo bem, não tem problema...

-Tu é a Érica né, to ligado...

-Como tu sabe?

-¬¬ Agente é colega né...

E depois disso, subimos juntos conversando, o nome dele é Anderson, bom, eu sei que prometi que não me entregaria a nenhuma paixão não-correspondida, mas essa eu acho que está sendo, ou melhor, é correspondida, então, foi essa a minha aventura...

…Ou melhor, por enquanto, mas uma coisa eu tenho certeza, que é vivendo que se aprende a viver, pois depois de um longo periodo eu provei sensações novas, talvez, algumas nem tão boas assim, mas algumas boas, como por exemplo, mesmo não sendo correspondido, pela primeira vez me apaixonei verdadeiramente, chego a ousar dizer que amei, também sei o gosto que tem a bebida alcóólica, não que u me orgulhe de dizer isso, mas eu vivi, fazer o q??

Mas o mais importante de tudo, é que mesmo sofrendo e chorando aprendi algumas coisas, como por exemplo:

• Ame, mas não muito, por que amando demais vc pode passar por cima de você, por cima de seu orgulho, e as vezes por cima do seu carater;
• Amigos de verdade só são reconhecidos nas piores horas, porque quando você estiver sozinho no frio e no escuro, ele aparecerá como um raio de sol, forte e impávido, pra te defender do que te apavorar, não é msmo Lelezinha?!
• Olhe o mundo a sua volta, vc pode se surpreender, pois quando olhamos apenas para um caminho e cegamos os outros podemos perder muitas experiências boas.